quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Reclamantes: Os analistas do caos



Por Samuel Torralbo

Dentre os diversos comportamentos decorrentes das mudanças no mundo pós moderno, encontra-se uma classe de pensadores que cresce assustadoramente – são os críticos ou analistas do “caos”.

É verdade que o diagnóstico e apontamento dos problemas são importantes dentro de qualquer resolução prática. Mas somente a crítica pela crítica não possui qualquer poder transformador.

Do que adiantaria um médico identificar sistematicamente um câncer, apontando minuciosamente os seus agravamentos e não indicar o tratamento e solução para a cura? Percebo que cada vez mais surgem os diagnosticadores dos problemas, com suas teses, reflexões, compêndios e bibliotecas do caos, enquanto é raríssima a presença dos executores do bem, da justiça e da verdade.

Como disse, a identificação do problema é primordial no processo da restauração, mas estagnar-se apenas na analise da ferida, apenas aprofundará cada vez mais o espanto, o terror e o medo.

De nada adiantaria o profeta Elias analisar a corrupção de Israel, refletir sobre o altar quebrado ou teologizar o contexto social de sua época, senão restaurasse o altar, orasse a Deus e confrontasse a injustiça, o pecado e o engano.

É fato que a Igreja, o mundo e a humanidade estão passando por momentos críticos, de modo que, mais importante do que as análises e reflexões é a necessidade de pessoas que orem como Elias para que a glória de Deus transforme a nação, precisamos neste momento de Simãos (cirineu) para ajudar o próximo a carregar a sua cruz, necessitamos menos de doutores da lei e mais pessoas que destelhem telhados para descer o doente em direção a cura. Precisamos de mais ação e menos teorias.

Analises sem atitudes tem um único poder de transformação – converter o potencial humano em hipocrisia e insensibilidade. O que é válido nesta hora é a análise de uma única pergunta? O que estamos fazendo para mudar esta situação?


***
Samuel Torralbo sabe que apenas reclamar não resolve e conclama os crentes a arregaçarem as mangas, no
Púlpito Cristão


Nenhum comentário:

Postar um comentário