terça-feira, 19 de outubro de 2010

Dilma, Serra e o voto de Minerva

Por Daniel Clós Cesar

Recentemente o ator Kevin Costner protagonizou o filme Swing Vote (Voto de Minerva/tradução livre), que no Brasil foi chamado de Promessas de um cara de pau. Na película estadunidense o personagem de Costner, um pai divorciado que vive em um trailer e sobrevive de um sub-emprego, torna-se o eleitor responsável pelo desempate entre dois candidatos a presidência dos Estados Unidos.

A disputa travada entre os dois candidatos no filme é tão real quanto a que pode ser vista neste segundo turno da eleição a presidência no Brasil. Dois candidatos dispostos a negar tudo o que são ou defendem para ganhar o seu voto.

Se no filme de Costner os candidatos brigavam pelo voto de um homem pouco inteligente. Nossos candidatos agora lutam pelo voto da Marina (dos que votaram nela). Não os 6 ou 7% (ou ainda menos) de votos que Marina teria naturalmente, mas aos outros 12% que foram resultados diretamente da fé professada pela candidata verde.

Não foi a proteção ao meio ambiente e o uso de fontes renováveis de energia que ganharam esses votos. Mas o fato de Marina ser cristã e isso significar, de alguma forma para os que crêem no cristianismo, um governo justo.

O que sobrou?

PT e PSDB sempre foram opostos. O primeiro, que alguma vez num passado muito distante já representou a esquerda, hoje é menos vermelho e mais cor-de-rosa, mantém muitos de seus ideais apenas como ideais, na prática, adapta seu discurso às massas ou aos grupos que podem pesar a balança. O segundo, fiel representante da direita pró-ocidente não faz e nem fará nada diferente. Manterá seu discurso de gente "caucasiana-monoteísta-machista-ocidental" buscando na burocrática e hipócrita sociedade seus votos.

Nessa busca hipócrita por votos e poder, Serra e Dilma constróem suas próprias torres babélicas. Buscando em grupos que não conversam na mesma língua, os dois tem como único propósito chegar ao poder.

Você já pode ver Serra abraçando um homossexual ou a Dilma visitando uma casa lar para jovens mães sem condições financeiras. Podemos escutar o Serra afirmar ser contra o aborto e a Dilma afirmar ser cristã.

Se Dilma e Serra apenas fizessem o de sempre para ganhar, isto é, mentir e manipular, tudo bem... vamos dizer que faz parte do jogo de politicagem barata das eleições. Mas entrar no templo e sacrificar porcos (estou usando , para quem não entendeu, uma figura de linguagem conhecida por metáfora)... aí, já é demais.

Os dois candidatos que restaram não representam e nem podem representar a Igreja de Cristo, pois eles sequer, fazem parte do corpo. Confiar em suas promessas é estupidez. Acreditar no que eles dizem é ingenuidade.

Não estou fazendo defesa do voto branco ou nulo. Não mesmo. Estou apenas alertando. Não defendam essas pessoas e suas propostas. Quem hoje defende a Dilma vai se arrepender muito durante os próximos 4 anos. O mesmo para os que defendem o Serra se ele for o vitorioso. São duas pessoas que não temem a Deus. O temor deles é apenas e tão somente o de perder o poder.

Quando for votar, apenas lembre-se do que escreveu o profeta Jeremias: "Maldito é o homem que confia no homem".


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Daniel Clós Cesar, politicalizando o ambiente virtual no Púlpito Cristão

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